16 de abr. de 2012

A MOEDA DE CADA DIA

Carine de Andrade - Acadêmica do curso de Ciências Contábeis da FAF 




A moeda que conhecemos hoje passou por um longo percurso antes chegar aos dias atuais; no início não existiam moedas e sim mercadorias que eram trocadas por outras mercadorias, ou seja, trocas diretas, que recebeu o nome de escambo. Com o passar do tempo essas trocas diretas não estavam tão eficientes e para suprir essa lacuna surgiram algumas mercadorias que eram facilmente trocadas e aceitas por outros: mercadorias moedas.

O homem plantava para sobreviver e suprir suas necessidades, plantava café
precisava do arroz, veio o sistema troca de mercadorias, moeda sem valor, estipulando mercadoria por mercadoria, mas tudo isso não foi muito longe, pois as mercadorias eram perecíveis, não era possível armazená-las por muito tempo e algumas se destacaram mais que as outras, um exemplo  foi o gado e o sal alimentos, muito procurados na época. Logo depois o homem descobriu o metal e começou a usar para fabricar suas armas, percebendo que ele era muito útil, assim surgiram às trocas dos metais. De início as trocas eram feitas de forma natural sem modificar as peças extraídas da natureza e depois de algum tempo as trocas também eram feitas por anéis, braceletes e joias, e com o aparecimento do metal as trocas ficaram bem mais fáceis de serem negociadas, originando a cunhagem dos metais, sendo possível identificar a origem dessas moedas, porque cada uma tinha sua própria marca; a moeda ganhou uma pureza maior e era possível fazer uma pesagem especifica de cada metal.

Os metais que mais se destacaram
foram o ouro e a prata, a cunhagem permaneceu por muito tempo e seus valores eram intrínseco, isto é pelo o valor utilizado na sua fabricação.

Com o decorrer do tempo as trocas foram aumentando, com isso surgiram as casas de custódia onde
eram guardadas as moedas marcadas pela cunhagem e como comprovante recebiam um papel declarando o valor que estava sobre domínio da casa de custodia, esse papel começou a circular ganhando valor de troca surgindo assim a moeda papel cujo lastro era em ouro e prata, sendo facilmente reconvertido ao portador. Rosetti (2011) [1] comenta que: “A instituição de sistemas monetários baseados em metais ensejou novos avanços, como a cunhagem e a emissão oficial. Paralelamente, desenvolveu-se a intermediação bancaria e os certificados de depósito dos metais monetários passaram a ser empregados como meio de pagamento: descobria-se assim a moeda papel”.

Depois de alguns colapsos na organização das casas de custódias o governo entreviu e criou o papel moeda de emissão não lastreada em reservas metálicas de poder liberatório de emissão oficial. Atualmente a moeda, no Brasil é emitida pela casa da moeda.


As casas de custodia do passado foram os embriões para o que são hoje as instituições financeiras que dispomos, ou seja, os bancos, assim dando grande impulso ao sistema financeiro que utilizamos.


[1] ROSETTI, Jose Paschoal. Introdução à economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

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